Em seu sermão, o padre Edson Adélio Tagliaferro disse que quem votou no ex-capitão deveria se confessar por ter elegido um “bandido”

Padre Adélio Tagliaferro, de Artur Nogueira, interior de São Paulo – Reprodução

Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro está promovendo um linchamento virtual contra o padre Edson Adélio Tagliaferro, de Artur Nogueira, no interior de São Paulo, por ter dito durante um sermão que fiéis que votaram no ex-capitão deveriam se confessar.

No Facebook, o advogado bolsonarista José Maria Rodrigues pediu para apoiadores do presidente deixar o padre famoso “de norte a sul do Brasil”. Ele afirma ainda que moradores de Artur Nogueira deveriam expulsá-lo da Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores.

“Ele passou dos limites do sacerdócio em seu Sermão na homilia quando disse que os fiéis que votaram em Jair Bolsonaro que eles deveriam se confessar, pois cometeram um pecado”, desabafou Rodrigues.

Até o fechamento desta reportagem, a publicação do bolsonarista havia sido compartilhada 136 vezes. Nos comentários, internautas chamam o padre de “comunista” e dizem que a “mamata acabou”.

“Quem não presta é esse filho do demônio”, escreveu uma mulher. “Fora da igreja já, comunista”, ordenou um homem. Para outro internauta, o padre é mandante da facada contra Bolsonaro. “É um petralha falso profeta”, atacou.

Em sermão por transmissão online, na última quinta-feira (2), o padre Adélio disse ainda que Bolsonaro “não vale nada” e que quem votou nele deveria se confessar por ter elegido um “bandido”.

“Vocês querem que eu fale aquilo que todo mundo fala, que não deixam ele trabalhar? Não! Bolsonaro não presta. Bolsonaro não vale nada. E quem votou nele devia se confessar, pedir perdão a Deus pelo pecado que cometeu, porque elegeu um bandido para presidente”, disse o pároco.

Confira:

Fonte: Revista Fórum