“Se ele entender que tem de conhecer o ministério, verificar o trabalho que estamos fazendo e assim mesmo achar que é um genocídio, é direito dele. Mas faço questão de mostrar tudo. Ele vai ver, inclusive, que não existe militarização do ministério”, afirmou o ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuelo
Uma semana depois do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, criticar duramente as Forças Armadas, por participarem do desmonte do Ministério da Saúde, em plena pandemia de coronavírus, o chefe interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello disse em entrevista à revista Veja que conversou com o ministro do Supremo.
Segundo ele, o tema da conversa foi a declaração de que “o Exército está se associando a um genocídio” feita por Gilmar por causa do alto número de mortes decorrente da pandemia da Covid-19.
Pazuello afirmou não ter se incomodado com a fala do ministro do STF, mas classificou a declaração dele como “mal colocada” e fruto de “informações truncadas”.
“Quem são os genocidas? Os 5.000 funcionários do ministério? Os dezoito oficiais que eu trouxe para trabalhar comigo?”, questionou o general.
“Se ele entender que tem de conhecer o ministério, verificar o trabalho que estamos fazendo e assim mesmo achar que é um genocídio, é direito dele. Mas faço questão de mostrar tudo. Ele vai ver, inclusive, que não existe militarização do ministério”, complementou o Pazuello.
Pazuello ainda minimizou a conduta de Jair Bolsonaro em meio à pandemia, recomendando o não uso de máscaras e a flexibilização das medidas de isolamento.
“Talvez não seja tão negativo ter uma pessoa dizendo que não precisa ter esse temor todo. Dá um pouco de esperança de que a vida pode ser normal, de que dá para manter alguma atividade econômica, para as pessoas não morrerem em casa, com medo”, disse o general.
Fonte: Brasil 247