Ele diz que intervenções na esconoma e descaso com a pandemia podem fazer o mundo “virar as costas” para o país
Aos 91 anos, Delfim Netto não vê boas perspectivas para o Brasil enquanto durar o governo Bolsonaro.
“Com as intervenções do governo na economia e com o descaso pela pandemia, o mundo pode virar as costas para o Brasil”, disse ao jornalista Lauro Jardim.
Delfim Netto está se referindo principalmente à troca de comando na Petrobras.
Bolsonaro demitiu o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, que tem o apoio do mercado, e escolheu para seu lugar o general Joaquim Luna e Silva, que estava na presidência de binacional Itaipu.
Em relação à pandemia, cresce o movimento que denuncia Bolsonaro por colocar a população em risco, ao dar declarações ambíguas sobre a vacina, criticar o uso da máscara e atacar as políticas de distanciamento social.
A cientista política Ilona Szabó publicou neste sábado um pedido de socorro.
“Jair Bolsonaro é uma ameaça à saúde global, não apenas aos brasileiros. Nos piores dias das pandemias no país, ele fala contra o uso de máscaras e promove encontros em locais onde o sistema público de saúde está em colapso”, escreveu em inglês no Twitter.
Delfim Netto não relacionou entre as razões do possível isolamento do Brasil o ataque de Bolsonaro ao meio ambiente.
Seu ministro na área, Ricardo Salles, é uma unanimidade negativa entre os responsáveis pela política ambiental no mundo.
Na Europa, o aumento das queimadas e o avanço do garimpo, dos madeireiros e dos pecuaristas sobre áreas indígenas já estão provocando reações de governos.
Nos Estados Unidos, um dos compromissos de Joe Biden durante a campanha é impor sanções ao Brasil caso a Amazônia não seja protegida pelo governo Bolsonaro.
Fonte: Brasil 247