O deputado Barbosinha (DEM) participou, nesta quinta-feira (27), da videoconferência para apresentação oficial dos membros do GT (Grupo de Trabalho Ferrovias MS, criado pelo Governo do Estado para acompanhar a implantação, através do processo de relicitação e modernização do serviço de transporte ferroviário, e garantiu a reinclusão da região da Grande Dourados no traçado das Ferroeste, ameaçado por conta de novos estudos do grupo acionário e de investidores internacionais.
“Nossa região terá um terminal da Grande Dourados, privilegiando sobretudo o forte potencial da produção industrial, notadamente com a instalação dos grupos Coamo e Inpasa, no trecho entre Dourados e Caarapó, reforçando a importância desse modal ferroviário”, informou o deputado Barbosinha após participar, junto com o colega Renato Câmara (MDB), do encontro virtual, representando a Assembleia Legislativa do Estado.
De acordo com o deputado Barbosinha, os debates em torno da reprogramação do traçado ferroviário se concentram, a partir de agora, na captação de investimentos suficientes para a operação adequada do serviço, considerando o plano aprovado no âmbito da Presidência da República e o atendimento às novas demandas.
O deputado douradense citou ajustes que estão sendo feitos para que o ramal, saindo de Maracaju, em Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, no Paraná, inclua o reaproveitamento da Estrada de Ferro que funcionou nos anos 40 e 50 na região de Itahum, em Dourados, agora com a interligação para a marginal da BR-163, contemplando o complexo industrial da esmagadora e envasadora de soja da Coamo e a futura indústria de etanol de milho da Inpasa. “Isso vai assegurar a incorporação do potencial produtivo com a capacidade de transporte e o volume de carga”, conforme estudos prospectados ao empreendimento.
O resultado de novos estudos realizados pelo Grupo de Trabalho ferroviário, envolvendo técnicos do Governo de Mato Grosso do Sul e do Paraná, no traçado da ‘Nova Ferroeste’, aponta que já no primeiro ano será possível transportar 35 milhões de toneladas de mercadorias, subindo para 45 milhões em 10 anos, 57 milhões com 20 anos de uso, chegando a 72 milhões com 60 anos de atividades. “É uma aposta de futuro, na retomada de um dos mais tradicionais meios de transporte de carga do País, corrigindo os eixos do desenvolvimento da Economia regional”, avaliou o deputado Barbosinha.
O Grupo de Trabalho
O GT Ferrovia MS é formado por integrantes da Semagro (Secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Seinfra (Secretaria estadual de Infraestrutura), DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), Assembleia Legislativa, Assomasul (Associação dos Municípois de MS), do sindicato dos trabalhadores, Fiems (Federação das Indústrias do Estado), Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) e ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), sob a presidência do secretário Jaime Verruck, da Semagro.