Levante Popular da Juventude tingiu de vermelho a fachada da operadora de planos de saúde em São Paulo, em memória das vítimas do “kit covid” e contra outras práticas ilegais
Integrantes do movimento Levante Popular da Juventude promoveram nesta quinta-feira (30) um “escracho” na sede da Prevent Senior, em São Paulo. A fachada da empresa foi tingida de vermelho pelos manifestantes para denunciar o sangue derramado dos pacientes com covid-19 que morreram em decorrência dos experimentos e práticas ilegais adotadas pela Prevent Senior. Também espalharam notas falsas de dólar, simbolizando o lucro acima das vidas.
O ato durou cerca de 15 minutos. E foi embalado por gritos como “Prevent assassina” e “Prevent mata e chama óbito de alta”. Além disso, os manifestantes também empunhavam cartazes com dizeres como “Prevent assassina” e “Bolsonaro genocida”.
Privatização da vida
“A empresa fez tudo isso com apoio do Governo Federal, pois tinha relação direta com o gabinete paralelo, que organizou esquemas de corrupção na compra de vacinas da Covaxin e que estimula instituições que fomentam o uso do Kit Covid”, acrescentou.
Os manifestantes afirmam que o escracho também denúncia a “falácia” da privatização dos serviços essenciais. Dizem defender acreditar numa saúde “pública e universal”, feita com base na ciência, que cuida e prioriza a vida do povo brasileiro.
Caso Prevent
Na última terça-feira (28), a advogada Bruna Morato, que representa médicos que denunciaram a Prevent Senior, disse à CPI da Covid que a empresa obrigava a prescrever o chamado “kit covid”, desrespeitando a autonomia médica. Além da utilização de medicamentos sem eficácia, ela também denunciou que a operadora fraudava atestados de óbitos dos pacientes, removendo a covid-19 dos registros.
Além disso, a denunciante afirmou que a Prevent Senior teria fechado uma “aliança” com grupo de médicos que assessorava o governo federal. Conhecido como “gabinete paralelo”, esse grupo estaria “totalmente alinhado com o Ministério da Economia”, segundo a testemunha. Anteriormente, ela já havia encaminhado à Comissão um dossiê com indícios que corroboram as denúncias.
Ela também relatou que os trabalhadores dos hospitais eram orientados a atuar sem equipamentos de proteção individual – como máscaras e luvas –, mesmo que estivessem contaminados. Não bastasse tudo isso, a empresa também orientava a redução do fluxo dos respiradores de oxigênio dos pacientes em terapia intensiva, induzindo-os à morte.
Fonte: RBA