A Ferroeste deve destinar R$ 2,85 bilhões à construção de 76 quilômetros de ferrovia em Mato Grosso do Sul, conectando o município de Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande, a Dourados. A partir de Maracaju, será possível chegar à cidade portuária de Paranaguá, no Paraná, aumentando a competitividade das commodities produzidas em território sul-mato-grossense.
O investimento será realizado no âmbito do Pro Trilhos, programa de autorizações ferroviárias do Governo Federal, conforme medida provisória publicada no dia 30 de agosto. De acordo com a Ferroeste, nos próximos meses devem ser concluídos os estudos técnicos, jurídicos, econômicos e ambientais relacionados ao novo projeto. Tais análises indicarão o melhor traçado, questões ambientais de maior relevância e o formato do contrato de modernização e ampliação da estrada de ferro.
Um dos pontos mais importantes da estratégia da implementação da nova ferrovia está relacionado ao modelo de projeto, se será concessão ou privatização. O foco do estudo jurídico, um dos que estão em andamento, é identificar qual a melhor estratégia para oferecer a Nova Ferroeste para a iniciativa privada.
“Até agora, por exemplo, a concessão tem se mostrado a melhor escolha. Nesse caso, o Paraná vai subconceder a concessão do governo federal que a Ferroeste detém para a construção e exploração da ferrovia por algum período pré-determinado, estimado em 60 anos. Hoje a Ferroeste tem contrato de concessão com a União, em vigor desde 1989. Este contrato, com prazo de 90 anos, passou a valer em 1997, podendo ser renovado por igual período”, lê-se em publicação no site da concessionária.
O projeto de 1.285 quilômetros que vai beneficiar Mato Grosso do Sul prevê a revitalização e modernização do trecho existente e a ampliação do traçado, ligando Guarapuava (PR) a Paranaguá, no Litoral do Paraná, e Cascavel a Maracaju, no Mato Grosso do Sul. Também será construído um ramal ferroviário entre Cascavel e Foz do Iguaçu, favorecendo a produção do Oeste e dos países vizinhos.
Fonte: midiamax