Dois fiscais da Iagro respondem ação penal por corrupção, após cobrarem R$ 27 mil e mais seis vacas, ‘por fora’, para regularizar o saldo de vacinação contra a aftosa a um pecuarista de Campo Grande. O juízo da 1ª Vara Criminal da Capital recebeu a denúncia oferecida pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul).

Consta nos autos que os atos ilícitos teriam ocorrido em 2017. Na oportunidade, durante fiscalização, foi descoberto que em novembro de 2016, o pecuarista, por problemas financeiros, não havia vacinado seu rebanho contra febre aftosa. As informações constavam nos sistemas de controle e fiscalização da Iagro.

Por este motivo, um dos fiscais entrou em contato com o pecuarista e ofereceu uma proposta para regularizar as pendências. Ocorre que o servidor solicitou R$ 4 mil em dinheiro, que deveria ser pago diretamente a ele, em espécie. Disse ainda que pelas vias regulares, o custo para regularização seria de aproximadamente R$ 23 mil.

O fiscal alegou ainda que o pecuarista deveria entrar em contato com outro fiscal, que tinha acesso direto ao sistema para alterar os dados sobre vacinação, mas que este cobraria R$ 5 mil. Os servidores chegaram a ir à propriedade vistoriar o rebanho e entregaram alguns documentos para o pecuarista assinar.

Contudo, continuaram a exigir dinheiro, e foram aumentando os valores para R$ 9 mil e depois mais R$ 9.380,12, que totalizaram R$ 27,380,12. A dupla ainda cobrou mais seis vacas do pecuarista. Diante dos fatos, os servidores foram denunciados e respondem ao processo.