Mesmo com 147 assassinatos registrados no estado até o dia 24, o ministro havia dito que não encontrou uma situação de desordem nas ruas
Apesar do caos instalado no Ceará, em consequência da greve promovida pelos policiais militares, Sérgio Moro, ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, resolveu ignorar o apelo dos governadores, que reivindicam do ex-juiz um pronunciamento mais firme contra os amotinados.
Durante sua participação no 6º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que acontece em Foz do Iguaçu, no Paraná, desde sexta-feira (28), Moro afirmou que a “greve é ilegal”, mas que “policiais não podem ser tratados como criminosos”.
“O governo federal vê com preocupação a paralisação que é ilegal da Polícia Militar do estado. Claro que o policial tem que ser valorizado, claro que o policial não pode ser tratado de maneira nenhuma como um criminoso. O que ele quer é cumprir a lei e não violar a lei, mas de fato essa paralisação é ilegal, é proibida pela Constituição”, disse Moro”, de acordo com informações do G1.
Leve demais
Governadores do Sul e Sudeste, reunidos em Foz do Iguaçu, cobram de Moro um pronunciamento mais firme contra os policiais amotinados no Ceará. A avaliação é que a reação do ex-juiz foi leve demais diante do perigo de novos motins.
Na segunda-feira (24), o ministro da Justiça visitou o Ceará, ao lado do ministro da Defesa e do da Advocacia-Geral da União (AGU). Ele afirmou que não havia uma situação de absoluta desordem nas ruas. Até aquele dia, 147 assassinatos tinham sido registrados no estado.
Fonte: Revista Fórum