Filiada ao mesmo partido que Geraldo Alckmin, o PSB, a deputada federal Tabata Amaral afirmou que vai definir o voto no primeiro turno só depois das convenções partidárias, para ouvir as propostas da campanha do ex-presidente Lula (PT).
Apesar de não ter citado o nome do petista, Tabata afirmou que estará “do lado oposto” ao do presidente Jair Bolsonaro. Mas, ainda assim, prefere esperar para declarar o voto.
“Eu não vou entrar nesse jogo (de declarar agora em quem votará) até julho, que é quando são as convenções”, declarou em entrevista ao colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
“Todo mundo sabe qual é o meu lado. Todo mundo sabe que eu estarei do lado oposto ao do Bolsonaro, mas, talvez por ter a convivência com essa vida mais real, eu consigo fazer provocações do tipo. A eleição não chegou para as pessoas ainda, e eu não vi quais serão as propostas de vocês (petistas).”
Segundo Tabata Amaral, ela precisa conhecer as propostas ligadas à economia, à educação e quais as propostas para “unir o Brasil”. “Quais conversas serão feitas para que pessoas sérias de centro direita e que são democratas estejam desse lado? É uma decisão de não entrar nessa coisa quando as pessoas não estão conversando com quem importa, com quem está na ponta”, disse.
Em relação à ataques machistas, Tabata declarou ao Metrópoles que esse é um problema suprapartidário. “Ele se encontra da esquerda à direita de forma bem proporcional. Os partidos de esquerda, por terem um discurso contra o machismo, muitas vezes se escondem por trás desse discurso para não falar do machismo que acontece dentro deles.”
A deputada lembrou da ocasião em que foi ofendida pelo ator José de Abreu, filiado ao PT. Segundo Tabata, ninguém do PT se pronunciou sobre o assunto. Ela está processando o ator.
Tabata Amaral, que foi eleita pelo PDT, também teceu críticas contra Ciro Gomes, presidencial pelo partido. “A população tem totais condições de julgar como o Ciro se posta em situações que se relacionam com mulheres. Ele participou de forma bem ativa de um processo de difamação, de um processo de destruição de reputação contra mim, que havia discordado dele. Essa palavra é muito importante. A discordância de uma menina, que foi como ele encarou a situação, fere mais do que a discordância de um homem, que é visto como igual. É por isso que as pessoas nem sabem quem foram os parlamentares do PDT que votaram a favor da reforma da Previdência.”