O programa Vida Saudável da Rádio ALEMS dessa semana aborda a importância do descarte correto dos medicamentos vencidos ou das sobras não utilizadas nos tratamentos. O entrevistado é o assessor técnico do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul (CRF-MS), Adam Adami, que faz alerta sobre o perigo do descarte incorreto.
A preocupação do CRF/MS, que realiza campanhas constantes de conscientização, e tem inclusive um ecoponto para recolher esses produtos na sede da instituição, vem dos dados de que o País produz por ano entre 10 e 20 mil toneladas de resíduos de medicamentos.
De acordo com o entrevistado, o descarte incorreto, ou seja, jogado no lixo comum, ou no ralo das pias e vasos sanitários causa uma série de danos ao meio ambiente. “Essa prática pode causar a contaminação do solo, do lençol freático e dos rios. As empresas de tratamento de água não têm condições técnicas de isolar completamente a contaminação por medicamentos e essa água volta para o consumo humano”, explicou.
Adami destaca também o perigo dos antibióticos em contato direto com o meio ambiente. “Os antibióticos são um risco enorme, pois podem causar uma seleção natural das bactérias e dos microorganismos daquele ambiente, sob o risco do surgimento de bactérias super resistentes aos tratamentos e termos infecções intratáveis e incuráveis”, alerta o farmacêutico.
Em Mato Grosso do Sul, desde 2014, a Lei Estadual 4.474 obrigada farmácias a disponibilizarem aos clientes locais para o descarte de medicamentos vencidos e as sobras de tratamento. Segundo Adami, o CRF-MS faz constantes campanhas e alertas a todas as prefeituras do estado para que as vigilâncias sanitárias fiscalizem o cumprimento da lei. Além das farmácias e drogarias, os produtos fora da validade podem ser entregues nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
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