O Brasil ainda não tem uma posição sobre a ordem de prisão, explicou o chanceler Mauro Vieira
Uma eventual visita do presidente russo, Vladimir Putin, ao Brasil poderia gerar “complicações”, sugeriu o chanceler Mauro Vieira em entrevista ao jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles. Isso porque o país reconhece o Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu na semana passada um mandado de prisão contra o líder russo por conta de supostos crimes de guerra que teriam sido cometidos durante o conflito na Ucrânia. Apesar disso, o Brasil ainda não tem uma posição sobre a ordem de prisão, explicou o ministro.
“É uma questão que tem que ser examinada à luz do processo estabelecido. Eu, pessoalmente, não conheço ainda e não vi. O Brasil é parte do TPI, o Tribunal Penal Internacional, que nós respeitamos e seguimos. O TPI não é integrado por todos os países, então tem também uma abrangência que não é total, não é global. É limitada. Nós temos que, sobretudo, conhecer melhor as condições. Não há uma posição firmada nem oficial sobre isso”, disse Vieira.
“Qualquer viagem, qualquer presença dele (Putin) em um país que seja membro do Tribunal Penal Internacional pode levar a complicações, eu não tenho dúvidas”, complementou.
Quanto a uma eventual visita do presidente Lula à Ucrânia, Vieira não especificou uma data.
“O presidente recebeu esse convite, mas não existe uma data por enquanto. Ele aceitou o convite e ficamos de fixar uma data mais adiante pela via diplomática, quando houver condições. Por enquanto não existe, vamos examinar as alternativas”, disse.
“Vai ser no momento que for possível. Vamos ainda discutir e fixar pela via diplomática um momento que será conveniente para as duas partes”.
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