Órgão diz que não há provas suficientes contra os 2 senadores; são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

A PGR (Procuradoria Geral da República) pediu o arquivamento nesta 5ª feira (3.out.2024) da investigação contra os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM). O procurador-geral da República, Paulo Gonet, entendeu que não há provas suficientes contra os 2.

Os congressistas foram indiciados pela PF (Polícia Federal) em 20 de setembro por suposta cobrança de propina para favorecer o antigo grupo Hypermarcas (atual Hypera Pharma), do ramo farmacêutico. São acusados de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

“A hipótese criminal é informada somente pelas declarações dos colaboradores, sem corroboração nos demais elementos informativos coligidos ao apuratório”, diz a PGR.

Renan e Braga têm mandato no Senado até o fim de 2026. Por isso, os casos tramitam na PGR. O ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) também foi indiciado pela PF, portanto, a investigação corre em 1ª instância, visto que ele não possui foro privilegiado por ter perdido as eleições em 2018 e 2022.

O filho de Renan é ministro dos Transportes do governo Lula, enquanto Eduardo Braga é o relator da regulamentação da reforma tributária no Senado.

O caso tramita há 6 anos sob sigilo. A investigação começou como um desdobramento da Lava Jato em 2018. O relatório foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) em agosto. O relator Edson Fachin encaminhou o material à PGR (Procuradoria Geral da República.