Bolsonaro e seus filhos acreditam que militares integrantes do governo “colhem os louros” do que eles acreditam ser ações positivas do governo, enquanto são atacados
A atuação destacada de militares para apagar o incêndios do governo Jair Bolsonaro tem causado incômodo em Jair Bolsonaro, influenciado pelos filhos.
Não é de hoje que ministros militares apontados como “tutores” e “bombeiros” são vistos pelo clã Bolsonaro com desconfiança. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro vê os amigos fardados ficarem com os louros do que considera “aspectos positivos” de sua gestão, enquanto que ele e auxiliares civis afinados com o discurso ideológico são atacados.
Ele teria cobrado de ministros para que se manifestassem publicamente contra reportagens que citam críticas de militares, de modo reservado, a ele e também como um contraponto aos filhos.
No dia 25 de abril, o filho e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) usou o Twitter para reclamar e mandar uma indireta aos militares. Na publicação, ele anexou uma reportagem do Estadão com o título: “Saída de Moro e troca no comando da PF têm digitais do vereador Carlos Bolsonaro”.
“Notaram que tudo que pega mal à primeira vista do público a imprensa diz que eu estou envolvido, e tudo o que pega bem vai para a conta de uma determinada ‘ala’? Alguém acha mesmo que apoiar Bolsonaro e não receber críticas diárias da imprensa não é, no mínimo, incoerente”, escreveu o vereador.
Na sua esquizofrenia ideológica, Carluxo estaria convencido de que a divulgação na imprensa da existência do “gabinete do ódio” teve a participação de auxiliares militares de Bolsonaro, que têm a intenção de diminuir sua influência na comunicação do governo.
“Será que acham que ninguém notou que a imprensa faz para esse grupo exatamente o que ela diz que um ‘gabinete do ódio’ faz para o presidente, só que neste caso com uma estrutura gigantesca e legítima, verdadeiramente capaz de assassinar reputações pois fala sob o mantra da instituição?”, atacou Carlos.
Fonte: Brasil 247