Ex-assessor de Flávio Bolsonaro está em uma cela de seis metros quadrados de Bangu 8 e tem como vizinho o ex-governador do Rio Sérgio Cabral

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Preso em Bangu 8, Fabrício Queiroz está abatido, recusa comida e tema a prisão da mulher, segundo funcionários da penitenciária ouvidos pelo jornal O Globo. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) é apontado como operador de um esquema de corrupção no gabinete do filho do presidente, quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Ele teve seu perfil fotografado apenas no final da manhã desta terça-feira (23), cinco dias depois de ser preso na Operação Anjo e após reportagem revelar que ele deu entrada sem o procedimento. Queiroz reclamou de ter que usar o uniforme da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e, no momento do registro, ficou constrangido ao ter de tirar a fotografia.

Durante dois dias, Queiroz se recusou a comer na cadeia. Na quinta e na sexta-feira, o agora presidiário recusou café, almoço e jantar.

Para colegas de cela, ele disse que está preocupado e com medo de sua esposa ser presa. “A todo tempo ele está cabisbaixo. Tem se mostrado muito abatido, assustado e com muito receio de a esposa ser presa”, disse um dos funcionários ouvidos pela reportagem.

Queiroz está em uma cela de seis metros quadrados, com uma cama, chuveiro, vaso sanitário e pia, na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, dentro do Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Não há TV e ele tem direito a um banho de sol durante duas horas por dia num pequeno pátio.

Segundo O Globo, ele tem permanecido em silêncio e solicitou um livro de autoajuda para o ex-secretário do governador do Rio Sérgio Cabral, operador de esquema de propinas no estado. Queiroz é vizinho de cela de Cabral e Wilson Carlos costuma atender os pedidos de leitura.

Fonte: revista Fórum