A notícia de que Bolsonaro quer comprar armas no exterior criou forte incômodo em setores do Exército e acabou por selar um mal-estar entre o governo e a indústria nacional de segurança

Tijolaço: Bolsonaro assume que armas são para formar milícias (Foto: Alan Santos/PR | Reuters

Bolsonaro quer comprar armas fora do Brasil para as Polícias Federal e Rodoviária Federal. O ministro André Mendonça já afirmou, ao falar pela primeira vez sobre o assunto que pretende atender estados interessados por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que “o grupo trabalharia inicialmente com Comissão do Exército Brasileiro em Washington. Uma entidade opaca, fora do alcance do Tribunal de Contas da União, da Lei de Licitações e da legislação norte-americana, a comissão tem por objetivo adquirir material bélico sempre pela modalidade melhor preço.”

A matéria ainda destaca que “seus negócios, assim como os das outras duas Forças, são notoriamente nebulosos. Foi por lá que a Aeronáutica, por exemplo, fez em 2017 o leasing de um Boeing-767 operado por uma empresa com licença cassada no Brasil. “Nossa preocupação é com a transparência e a publicidade, além da isonomia regulatória. Sem essas condições, a indústria nacional será obrigada a levar suas fábricas para fora do país ou fechar”, afirma Christian Callas, presidente do comitê de produtos controlados do Simde, o sindicato dos fabricantes de material de defesa.”

Fonte: Brasil 247