Vacina mais aplicada no Brasil, a CoronaVac teve seu uso emergencial aprovado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta terça-feira (1º). O imunizante agora pode ser usado na iniciativa Covax Facility.
A classificação como uso emergencial permite que a vacina seja aplicada em adultos com mais de 18 anos em um intervalo de duas a quatro semanas entre as duas doses. Esse é o sexto imunizante a conseguir a liberação do órgão.
“Hoje, eu fico feliz em anunciar que a vacina da Sinovac recebeu a autorização para uso emergencial da OMS após a constatação de que ela é segura, eficaz e de qualidade garantida após duas doses”, anunciou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreysus.
A OMS ainda classificou a CoronaVac como uma vacina acessível e disse que “seus requisitos de armazenamento fáceis a tornam muito gerenciável e particularmente adequada para cenários de poucos recursos”.https://s.dynad.net/stack/928W5r5IndTfocT3VdUV-AB8UVlc0JbnGWyFZsei5gU.html
Ao contrário da vacina da Pfizer, por exemplo, a CoronaVac pode ser armazenada em geladeiras comuns, em uma temperatura de 2ºC a 8ºC, o que facilita sua distribuição global. Além disso, o imunizante “atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e de fabricação”.
Análise da CoronaVac pela OMS
“O fácil armazenamento da Sinovac faz com que ela seja adequada para lugares com menos recursos. É vital fazer com que essas vacinas e equipamentos cheguem rapidamente àqueles que necessitam”, completou Tedros.
Na análise, a OMS considerou que a CoronaVac teve poucos participantes com mais de 60 anos nos testes, por tanto, a eficácia para esse grupo de não pode ser medida de forma exata. No entanto, a organização considera que “não há razão para acreditar que a vacina tenha um perfil de segurança diferente em populações mais velhas e mais jovens”.
Teste em Serrana
A cidade de Serrana, no interior de São Paulo, passou por um processo de vacinação em massa contra a Covid-19 e teve mais de 97% da população imunizada. Agora, os resultados começam a aparecer e o município viu uma queda drástica nas mortes pela doença. Os casos sintomáticos de Covid-19 despencaram 80%, as internações, 86%, e as mortes, 95% após a segunda dose do último grupo.
O Projeto S, do Instituto Butantan, tem como objetivo verificar a eficácia da CoronaVac o mundo real e determinar se o imunizante é capaz de diminuir a transmissão da Covid-19.
Os resultados mostram que a vacinação protege tanto os adultos que receberam as duas doses do imunizante quanto as crianças e adolescentes com menos de 18 anos, que não foram vacinados. “A redução de casos em pessoas que não receberam a vacina indica a queda da circulação do vírus. Isso reforça a vacinação como uma medida de saúde pública, e não somente individual”, disse Ricardo Palacios, diretor de ensaios clínicos do Instituto Butantan.
Fonte: Olhar Digital