Em ano pré-eleitoral, protestos contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Mato Grosso do Sul e em todo Brasil, começaram a ganhar mais público nas ruas e redes sociais. À medida que o ano passava, os ânimos também ficavam mais acirrados, demonstrando a polarização que se desenha entre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) — e a prévia de 2022.

No primeiro semestre, houve mais manifestações contra medidas do atual governo. Em 19 de junho, por exemplo, várias cidades do País registraram movimentos que ficaram conhecidos como ‘Fora Bolsonaro’. Naquela ocasião, a reivindicação era clara e dava nome ao protesto.

Mas também havia pautas sobre o aumento do auxílio emergencial em R$ 600 e vacina para toda a população. Novo ato contra Bolsonaro, com foco na reforma administrativa, aconteceu em 2 de outubro.

Algo que se tornou comum foi o encontro de manifestantes ou pelo menos de protestos nas ruas de Campo Grande. Em maio, pessoas contrárias e defensoras do presidente se encontraram e, com gestos e troca de ‘gentilezas’, mostraram o que poderá ser visto em 2022.

Os atos se assemelhavam no que diz respeito ao tema principal: efeitos da pandemia da Covid-19, mas as facetas deixavam claras as diferenças. Os favoráveis a Bolsonaro criticavam as medidas restritivas impostas para conter o avanço da doença, enquanto os contrários cobravam do governo federal a vacinação da população.

Setembro ‘finalmente’ chegou e o dia 7, Independência do Brasil, foi escolhido para manifestação que, pela contagem de público, foi a maior de 2021 em favor do atual mandatário do País. Mas, para além da defesa dele, manifestantes disseram que foram às ruas para pedirem a saída dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

No mesmo dia, houve o Grito dos Excluídos com quem se posiciona contra Jair Bolsonaro. O clima que antecedeu os dois protestos era de receio dos dois grupos se estranharem e algo até mais violento acontecer. Não foi a realidade, pelo menos de Campo Grande e do restante de Mato Grosso do Sul.

As cores verde e amarela, mais utilizadas pelos manifestantes de direita, também estiveram presentes. O manifesto também ostentou diversas cores, do vermelho ao preto, passando pelo arco-íris, empunhadas por sindicalistas, trabalhadores, lideranças indígenas, LGBTQIA+, mulheres e integrantes de outros movimentos sociais.

Políticos comentaram a respeito dos atos nos dias seguintes, alguns dizendo que foram democráticos e ordeiros, mas houve também os que disseram que o movimento foi negativo. De todo modo, assim como a população nas ruas, os políticos nos plenários também intensificaram as críticas e, muitas vezes, os ânimos se acirraram.

Se em 2021 a polarização, que parecia ter sido amenizada desde 2018 depois da eleição de Jair Bolsonaro, começou a ganhar força com a possibilidade do ex-presidente Lula se candidatar, em 2022, as expectativas apontam por ânimos ainda mais aflorados nas ruas e nos palanques.

Fonte: midiamax