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Izac Gomes, o supervisor operacional de um condomínio da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que foi vítima de racismo por parte do vereador de Embu, em São Paulo, Renato Oliveira (MDB), em janeiro, cujo desfecho do caso envolveu até PMs fardados dentro de uma piscina imobilizando o parlamentar para levá-lo preso, foi demitido pela empresa Estrelas Full Condiminium, que administra o local. O desligamento do empregado teria ocorrido pouco tempo depois do episódio em que ele foi vítima de palavras discriminatórias.

Funcionário por quatro anos, sem jamais ter recebido qualquer advertência, Gomes foi informado que estava fora da empresa e que também ficaria sem o apoio jurídico que recebia no caso em que acusou o vereador paulista de racismo, dez dias depois de ter aparecido para todo Brasil sendo ofendido por Oliveira.

“Foi uma demissão muito injusta e muito estranha… Primeiro, sofri racismo. Dez dias depois, fui humilhado em uma sala de reuniões, enxotado e demitido”, relatou o supervisor à Rádio CBN.

Desamparado juridicamente, a deputada estadual fluminense Mônica Francisco (PSOL), que é presidente da Comissão de Trabalho e de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, encaminhou o caso de Gomes para o Núcleo contra a Desigualdade Racial da Defensoria Pública, para que o ex-funcionário proceda com a denúncia contra o antigo empregador.