O ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Rosa, foi denunciado pelo (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por contratar, sem licitação, serviços do chargista Marcos Antônio Rosa Borges, assassinado em novembro de 2020. Após a morte de Marcos, o dinheiro teria sido repassado para seu filho.

De acordo com a denúncia, Waldeli dos Santos, então prefeito de Costa Rica, realizou contrato de prestação de serviços para confecção de charges dos servidores públicos municipais com Marcos Antônio sem licitação e fora dos casos previstos em lei para sua dispensa.

O valor acordado pelos serviços foi de R$ 30 mil. Conforme apurado pela reportagem, o quantitativo teria sido repassado para o filho de Marcos Antônio, que cobrou o ex-prefeito após ter conhecimento da dívida. O MPMS pede a condenação de Waldeli dos Santos e pagamento de indenização, alegando dano material à municipalidade.

A denúncia foi recebida pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) na última sexta-feira (22). A defesa de Waldeli alega à justiça não haver imputação de que o ex-prefeito teria agido com intenção de causar prejuízo ao erário. Também é alegado que o processo de dispensa de licitação sequer chegou a ser concluído.

A reportagem entrou em contato com Waldeli dos Santos Rosa e sua defesa, mas não foi atendida. O espaço segue aberto para manifestação.

Morte de chargista

Marcos Antônio foi morto na manhã de 21 de novembro de 2020 por Clarice Silvestre, no Bairro São Francisco, em Campo Grande. Ela teve a ajuda do filho João Victor, ainda destruiu e ocultou o cadáver da vítima.

O relato na denúncia é de que Marcos era cliente da massagista Clarice e mantinha um relacionamento amoroso com ela. No entanto, ele não queria assumir a relação oficialmente, o que incomodava Clarice. No dia do crime, eles combinaram uma massagem e a vítima foi até a casa da autora.

Após a massagem, Marcos foi tomar banho na parte de cima da casa de Clarice. Ao sair, os dois começaram a discutir sobre o relacionamento e Clarice empurrou a vítima da escada. Em seguida, esfaqueou o chargista, o atingindo nas costas e tórax. A denúncia aponta que Marcos permaneceu agonizando no local e Clarice colocou um lençol sobre o corpo dele.

Ela saiu para comprar sacos de lixo, já com a intenção de ocultar o cadáver da vítima e ligou para o filho. O rapaz foi até a casa da e os dois cortaram o corpo de Marcos em várias partes, lavaram e colocaram em sacos e depois em malas de viagem. Mãe e filho levaram o corpo da vítima até o Jardim Tarumã, após pedirem corrida por um aplicativo.

Eles esconderam as malas, esperaram até a madrugada e atearam fogo. Clarice saiu da cidade e só foi presa em São Gabriel do Oeste. Após a prisão, ela confessou que agiu por ódio vingativo e ciúmes da vítima porque queria que o relacionamento fosse oficializado.

Clarice foi denunciada por homicídio triplamente qualificado, por meio cruel, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além da destruição e ocultação de cadáver. O filho foi denunciado pela destruição e ocultação de cadáver.