Por ONU
A variante Ômicron tem feito os casos de COVID-19 explodirem nas Américas. Na semana passada, os países do continente notificaram 6,1 milhões de novos casos. Na América do Sul, alguns países registraram crescimento de cerca de 300% nas infecções.
Diante o aumento, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, pediu que os trabalhadores de saúde tenham acesso a equipamentos de proteção e doses adicionais da vacina de COVID-19.
Em sua coletiva, Etienne deixou claro que, apesar de estudos preliminares apontarem que a Ômicron é menos agressiva do que outras variantes,o número de infecções causa sobrecarga nos sistemas de saúde e é preocupante.
Com a aceleração das infecções por COVID-19 nas Américas e a detecção da variante Ômicron em pelo menos 42 países e territórios da região, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, pediu que os países garantam que os trabalhadores de saúde tenham acesso a equipamentos de proteção e doses adicionais da vacina COVID-19, quando estas estiverem disponíveis.
À medida que os casos triplicam em alguns países, a capacidade da região de responder a onda atual depende dos profissionais que mantêm as unidades de atenção primária, clínicas e hospitais em funcionamento. “Devemos garantir que eles estejam protegidos das piores consequências desse vírus”, disse a diretora em uma entrevista coletiva quarta-feira (12).
Na semana passada, os países das Américas notificaram 6,1 milhões de novos casos de COVID-19 – um aumento de 250% em relação ao mesmo período do ano passado. Graças ao aumento da vacinação na região, a taxa de mortalidade por COVID-19 permanece estável, mas o aumento das idas ao pronto-socorro e hospitalizações deixou muitos sistemas de saúde sobrecarregados.
A diretora da OPAS destacou que uma dose adicional de vacinação “ajudará a reforçar a capacidade dos trabalhadores de saúde de resistir à exposição ao vírus”, diante do quadro de aumento das infecções e transmissão comunitária generalizada em alguns países.
Sobrecarga- Ainda que a variante Delta continue circulando nas Américas, a Ômicron está a caminho de se tornar a cepa dominante, espalhando-se mais rapidamente do que outras variantes detectadas, principalmente em espaços fechados.
Embora estudos recentes indiquem a possibilidade dessa variante causar sintomas menos graves, Etienne alertou que “essa nova onda de infecções não será ‘leve’ para os sistemas de saúde, pois a variante Ômicron já está desafiando a força de trabalho de saúde e limitando o atendimento a outras doenças”.
“Em Estados insulares menores, alguns hospitais já estavam com grandes dificuldades por casos da variante Delta e agora mais hospitais enfrentam a perspectiva de ficarem sobrecarregados”, acrescentou.
Prevenção- A diretora da OPAS também destacou o aumento das reinfecções. “As infecções por ômicron podem ser letais, especialmente para os imunocomprometidos e os não vacinados”, disse ela, pedindo às pessoas que se mantenham seguras seguindo medidas de saúde pública, como uso de máscara bem ajustada (cobrindo boca e nariz), distanciamento social, ventilação de ambientes, vacinação e testes logo que aparecerem os primeiros sintomas.
A cobertura total de vacinação na América Latina e no Caribe atualmente é de quase 60% e muitos países, incluindo Chile, Cuba e Argentina, possuem algumas das maiores taxas de cobertura do mundo. No entanto, é vital que a cobertura equitativa continue sendo uma prioridade, defendeu a diretora.
“Se lutarmos pela equidade das vacinas, apoiarmos nossos trabalhadores de saúde e fizermos nossa parte para reduzir o risco de transmissão, a solidariedade nos abrirá o caminho para sairmos da pandemia”, acrescentou.
Propagação – Na semana passada, a maior parte dos novos casos de COVID-19 foi notificada nos Estados Unidos e os casos estão aumentando também nas províncias do leste do Canadá.
Caribe, Porto Rico e República Dominicana experimentaram um crescimento de novas infecções e aumentos também estão sendo observados na Jamaica, Aruba, Curaçao e Martinica.
Na América Central, Belize e Panamá estão notificando uma maior incidência de COVID-19 e, na América do Sul, os aumentos são particularmente preocupantes na Bolívia, Equador, Peru e Brasil, bem como na Argentina e Paraguai, onde os novos casos aumentaram em cerca de 300%.
Fonte: Dourados Agora