Os telescópios são um dos maiores objetos de desejo de um astrônomo amador iniciante, ou mesmo de quem ainda está planejando começar seus estudos de objetos celestes. Mas existem muitos modelos no mercado, alguns bem acessíveis e outros com preços “astronômicos”. Será que os mais baratos valem a pena? Como escolher um telescópio doméstico?
A resposta para essas perguntas depende de muito mais que sua conta bancária, pois é preciso percorrer algum caminho para tirar bom proveito do instrumento. Para entender melhor como fazer essa escolha, ou até mesmo se um iniciante deve investir em um telescópio, o Canaltech conversou com Wandeclayt Melo, astrônomo do projeto de divulgação científica Céu Profundo.
Devo mesmo comprar um telescópio doméstico?
Wandeclayt nos contou que em seções de observação do Céu Profundo abertas ao público, era muito comum que as pessoas pedissem conselhos. “Encantados com o que viram, dizem ‘quero comprar um telescópio, qual conselho você me dá?’ E talvez o conselho mais sábio naquela hora é ‘não compre’”.
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Mas por que isso? Bem, imagine comprar um telescópio e não conseguir apontá-lo corretamente para a estrela ou galáxia que se deseja observar, ou encontrar vários objetos e não saber identificá-los. Pior ainda, enxergar apenas um espaço “vazio” e estrelas “aleatórias”.
Para evitar uma frustração com o telescópio, é preciso saber o que fazer com ele. Em outras palavras, você deve conhecer o céu noturno o suficiente para ter tanto “alvos” específicos para observar, quanto para saber como encontrá-los facilmente.
Por isso, se você é iniciante na astronomia amadora, provavelmente terá que conhecer o céu a olho nu para tirar o melhor proveito do seu telescópio, quando adquiri-lo. Até porque, convenhamos, não é um instrumento muito barato, então vale a pena saber o máximo para o investimento valer a pena.
Para isso, é essencial “conhecer os movimentos que a esfera celeste faz”, explica Wandeclayt, “como ele é na latitude em que você se encontra — porque a localização muda a posição do céu e determina quais são as constelações visíveis —, onde estão os pontos cardeais, saber onde encontrar os planetas, saber como a Lua se comporta”, entre muitas outras coisas fundamentais da astronomia amadora.
Todos esses detalhes são importantes para qualquer observador do céu, e o melhor: você pode aprender sem nenhum instrumento. Algumas ferramentas ajudam bastante nessa etapa, como cartas celestes impressas, planisférios celestes, ou mesmo aplicativos que mostram as constelações e planetas conforme você aponta o celular para o céu.
Claro, é muito legal ter instrumentos para observar coisas além da nossa capacidade visual humana, como nebulosas, aglomerados e galáxias. O objetivo não é desestimular a compra de um telescópio. Mas é muito fácil se frustrar com equipamentos quando não sabemos exatamente como utilizá-lo, e isso pode levar o telescópio a ficar empoeirando em algum canto. Não é isso o que queremos, certo?
Entendendo um pouco do céu
Uma das primeiras classes de objetos celestes que podemos aprender facilmente a identificar são os planetas do Sistema Solar. Algumas pessoas podem saber encontrar Marte com facilidade, em determinadas épocas do ano, além de Vênus — a famosa estrela vespertina. Mas há outros que podemos aprender a identificar, como Júpiter e Saturno, que também podem ser vistos a olho nu.
Depois, há alguns objetos do céu profundo que, dependendo das condições do céu, você pode encontrar a olho nu ou com binóculos, incluindo aglomerados famosos como as Plêiades e a “Caixinha de joias”. Você pode ver também a Nebulosa de Órion, que vai parecer uma pequena manchinha na constelação de mesmo nome.
Binóculos?
Na verdade, depois do olho nu, os binóculos são o segundo instrumento que um astrônomo iniciante usará — e os mais experientes continuarão usando sempre. Isso porque eles oferecem uma ampliação razoável e um campo de visão maior que o de telescópios.
Objetos muito extensos não podem ser observados em sua totalidade com telescópios, porque eles têm campo de visão muito menor. Por exemplo, a própria Lua — se apontarmos o telescópio para ela, dependendo da ocular utilizada, veremos só um pedacinho de sua superfície.
Já os binóculos, em qualquer fase do conhecimento do céu, serão instrumentos úteis. Eles são definidos por dois números: a abertura e a quantidade de ampliação. Também são mais fácil de escolher: modelos 7×50 ou 10×70 têm a configuração ideal para astronomia. Esses números indicam a ampliação e o diâmetro da abertura, respectivamente.
A ampliação, como o nome sugere, é quantas vezes a imagem de um objeto é ampliada em relação ao objeto observado a olho nu. Mas isso não torna a ampliação muito mais importante que a abertura — na verdade, deve haver uma relação numérica entre as duas lentes para obtermos uma imagem de qualidade.
Entre as marcas indicadas, que oferecem lentes de boa qualidade, estão a Celestron, Bushnell e Meade. Evite os mais baratos para não “passar raiva” com imagens borradas e com excesso de “aberrações cromáticas” (quando diferentes comprimentos de onda da luz é distribuída em pontos focais diferentes).
Tipos de telescópios
Existem dois tipos de telescópios: os refratores e os refletores. O primeiro é o tipo simples, que costumamos chamar de luneta. Eles contam com uma lente objetiva na frente (abertura) e as lentes atrás onde olhamos (a ocular). Lunetas não precisam ser muito caras, mas as mais baratas costumam oferecer uma má relação entre abertura e aumento.
A abertura de um instrumento óptico pode ser considerada a “resolução” de imagem que ele oferece, pois é ela que determina quanta luz passará para sua pupila. Se a objetiva é o aumento, podemos concluir que não adianta ampliar muito um objeto de baixa resolução. Em outras palavras, uma lente que oferece muita ampliação pode ter uma péssima imagem, dependendo do tamanho da abertura.
Os refratores têm muitas vantagens, como a praticidade. Eles possuem apenas duas lentes em um tubo fechado, então não será preciso muitos cuidados com a limpeza e manutenção. Já os refletores são abertos e podem exigir um pouco mais de cuidado.
Para aberturas acima de 120 mm, Wandeclayt recomenda um telescópio refletor. “Em vez de usar uma lente de abertura, ele tem um espelho, que captura a luz dos objetos e a concentra, jogando para a ocular”, explica. “Com isso você consegue telescópios bem maiores e mais baratos em termos de construção que os refratores”.
As desvantagens dos refletores é que são muito mais sensíveis. É preciso muito cuidado durante a limpeza dos espelhos, que, inclusive, podem se desalinhar. “Tem que evitar qualquer limpeza mecânica e ele pode exigir uma realuminização, se for danificado”. É que a camada de alumínio do espelho fica na parte da frente, e não de trás.
Mesmo assim, são instrumentos que valem a pena, pois oferecem maior abertura e muito mais possibilidades de observação. Por isso, todo o cuidado com os refletores valem a pena. “Não é pra ter medo de usar, é para ter consciência de que precisa de um cuidado a mais e pode exigir um pouco mais de manutenção que um refrator”.
Com maiores aberturas, os refletores possibilitam observar objetos muito mais tênues do céu profundo. Mas você também pode optar por um catadióptricos, que combinam a refração e a reflexão. Eles são mais caros mas “herdam” algumas vantagens dos refratores, como a facilidade para limpeza e manutenção.
O que cada telescópio vê?
Existem muitos outros fatores que determinam o que um telescópio pode fazer por você, como o tipo de montagem interna de um refletor (newtoniano, Cassegrain, dobsoniano, Gregoriano, Schmidt-Newtoniano, Maksutov-Cassegrain, entre outros) e a montagem externa (equatorial, azimutal).
Além disso, o melhor telescópio não será tão útil em uma cidade cheia de poluição luminosa quando um telescópio mediano em área rural. Isso significa que se você não puder se locomover com instrumentos grandes e pesados para áreas mais periféricas, não adianta investir em telescópios mais caros.
Considerando tudo isso, é mais fácil escolher um telescópio quando sabemos determinamos nosso objetivo. Quais serão os principais alvos da minha observação? Objetos do Sistema Solar ou do céu profundo?
Grosso modo, podemos dizer que para a Lua, planetas, estrelas duplas e Sol, é melhor ter um refrator de 80 mm pequeno, mas de qualidade, em vez de um refletor grande de 150 mm com ótica ruim. Por outro lado, quando se trata de objetos de céu profundo, um refletor barato de 200 mm é mais vantajoso que um refrator de 80 mm de alto nível.
A recomendação de Wandeclayt é começar com um refletor dobsoniano, que são newtonianos de grande abertura. Eles possuem construção bem simples, estrutura robusta, são fáceis de usar. Na verdade, são simples o suficiente para serem produzidos artesanalmente, o que aumenta a oferta no mercado.
Montagem do telescópio
A montagem do telescópio determina como ele será encaixado no tripé. Existem dois principais tipos, o modelo azimutal e o equatorial. A vantagem é que a montagem não é soldada, então você pode trocá-la por outra a qualquer momento.
No modelo azimutal, o telescópio fica livre para se movimentar para todos os lados, enquanto o equatorial segue o movimento aparente do céu. Nesse segundo caso, o telescópio estará alinhado com o eixo da Terra, por isso você só precisará movê-lo em uma direção para manter um objeto em foco.
Como você já deve ter deduzido, a montagem equatorial é mais difícil de manusear, e exige um pouco mais de conhecimento. É essencial para astrofotógrafos, mas astrônomos iniciantes vão tirar mais proveito de uma montagem azimutal — até porque você poderá trocar o “alvo” celeste com maior liberdade. Entre as azimutais, as bases dobsonianas são as mais simples e ideais para começar as aventuras pelo cosmos.
Lembre-se que a montagem deve ser de boa qualidade e uma base ruim transferirá vibrações até mesmo de uma brisa leve. A qualidade também afeta o tempo de “amortecimento”, isto é, o intervalo entre o momento em que você toca o instrumento (para focar, por exemplo) e quando a imagem na ocular para de se mover. Então, a montagem também é um fator importante para a escolha do primeiro telescópio.
Acessórios para telescópios
Os principais acessórios do telescópio são as lentes oculares. Um kit bem planejado tornará seu instrumento mais versátil, portanto é preciso estudar sobre o assunto antes de se aventurar com várias lentes sem saber se elas serão realmente úteis para você.
A dica aqui é dar preferência a telescópios que vêm com algumas oculares no pacote. Mas, claro, você precisa se certificar que a fabricante é confiável, pois anúncios enganosos estão por todos os marketplaces da internet.
Simulando o céu para saber o que observar
Antes de comprar um telescópio, você pode conferir o que seu telescópio vai “enxergar” com diferentes tamanhos de oculares através do Stellarium, um software gratuito que facilita a vida de qualquer astrônomo. Para isso, instale o programa e siga os seguintes passos:
- Certifique-se que o Stellarium esteja em algum horário noturno
- Selecione a ferramenta de busca no menu lateral esquerdo (arraste o mouse para o lado esquerdo inferior até o fim da tela, caso o menu não esteja visível), ou aperte F3 do teclado
- Digite na janela de busca o nome de algum objeto celeste (planetas, estrelas, nebulosas, cometas, etc). Se o nome estiver correto, ele aparecerá abaixo. Ao clicar nele, o objeto estará selecionado, com um “alvo” colorido no céu.
- No menu superior direito da tela, clique na primeira opção, com ícone no formado de uma lente
Feito isto, você terá um campo de visão limitado a um círculo. Essa é a simulação de visão do seu objeto com um telescópio “genérico”. As setinhas da janela de especificações do telescópio mudam as configurações.
Observe que, à medida que você troca as opções de telescópios da simulação, surgem modelos específicos, como o Celestron Onyx 80EDF. Uma rápida pesquisa na internet nos mostra que ele tem 80mm de abertura, o que já o torna interessante para começar seus estudos.
Alternando entre as oculares da simulação, você descobre como cada modelo de telescópio lhe mostrará o objeto que você inseriu na busca. Isso será útil para dar uma noção do seu campo de visão (quanto maior o campo, mais objetos aparecem, mas menor será a ampliação).
Aperte F3 novamente e digite “Lua” para ver como nosso satélite natural aparece no telescópio, e navegue entre as opções de oculares e de modelos. Escolha na janelinha dos telescópios o modelo Celestron C5 e veja as diferenças que ele ofereceria com lentes oculares de 40mm e de 14mm.
Essas simulações ajudam a entender um pouco mais sobre o assunto, mas você deve ir além. O tamanho das lentes não são tão importantes se não considerarmos o aumento útil. A ampliação oferecida pelas oculares no mercado pode ir a números elevados, mas lembre-se, quanto maior o aumento, menor será a nitidez e qualidade da imagem.
O termo aumento útil é usado para determinar o quanto é possível aumentar a imagem sem perder muito da “resolução” oferecida pela abertura. Para calcular o aumento útil, basta multiplicar o diâmetro do telescópio por 2.
Para escolher uma ocular que não dará dor de cabeça, divida a distância focal do telescópio pela distância focal da ocular. O resultado deve ser preferencialmente menor ou igual o aumento útil, que calculamos acima.
Tipos de oculares
É possível escrever livros inteiros sobre oculares e ainda haverá assunto para tratar. Existem alguns tipos, como:
- Ocular kellner: campo visual de 45°
- Ocular Ortoscópica: campo visual de 45°
- Ocular Plossl: campo visual aparente de 50°, muito popular
- Ocular Erfle: campo visual que varia de 60 a 70°
- Ocular Wide-Field: campo visual de até 85°
Além do campo de visão, tenha sempre em mente a importância da distância focal da ocular. Combinada com a distância focal do telescópio, ela determina a ampliação. Portanto, com oculares de distancias focais diferentes você terá diferentes níveis de ampliação num mesmo instrumento. Certifique-se, antes, se a ocular desejada tem diâmetro compatível com o telescópio.
Muitos telescópios para iniciantes já vêm com oculares para começar suas observações sem maiores dores de cabeça. Os fabricantes artesanais brasileiros (links no final da matéria) são uma boa dica, pois além de fornecerem as oculares, são bastante acessíveis para tirar dúvidas quanto aos acessórios que você pode usar em seu instrumento.
A dica é começar com três oculares: uma de ampliação mínima, uma média e uma com a máxima ampliação que seu telescópio pode proporcionar. Para saber o tamanho (distância focal) das oculares que você deve adquirir, basta multiplicar o diâmetro do telescópio (sempre em milímetros) por: 0,4 para mínima; 1,2 para média; e 2,0 para a máxima.
Barlow
Existem também as barlow, um acessório que aumenta a distância focal de um telescópio em duas a três vezes. Assim um instrumento de 1 metro de distância focal pode chegar a 3 metros. A Barlow é colocada no focalizador do telescópio e, em seguida, a ocular é fixada do outro lado.
Se optar por usar uma barlow, o ideal é investir em uma acromática e apocromática, que fornecem imagens de grande definição. As cromáticas (formada por uma lente) darão imagens de baixa qualidade.
Esse acessório faz mais sentido em telescópios de distância focal pequena ou média, como os Newtonianos. Se você tiver uma distância focal grande, não precisa se preocupar com isso.
Buscadores
São pequenas lunetas colocadas paralelamente ao tubo do telescópio para ajudar a encontrar objetos com menor ampliação. Com campo visual bem maior que o da ocular principal, esse acessório pode salvar sua noite. A ocular deve estar bem alinhada ao telescópio e normalmente tem um retículo semelhante a uma mira.
Existem modelos de buscadores que não usam lentes, mas apresentam três anéis luminosos e uma pequena placa de vidro. Você não terá aumento, mas poderá contar com o campo de visão do seu olho para focar um objeto e, depois, observá-lo na ocular do telescópio.
Focalizador
Focalizadores são a parte na qual colocamos a ocular. Eles são formados por dois tubos, e existem alguns modelos complexos com micro rolamentos para tornar o movimento do tubo interno mais suave. O ajuste de foco é feito nesse acessório, muitas vezes manualmente.
Alguns focalizadores podem ser motorizados e podem trazer diversos padrões de encaixes para sustentar vários acessórios de medidas diferentes.
Filtros
São acessórios úteis colocados nas oculares para ajudar na observação de nebulosas e galáxias e até mesmo para diminuir a poluição luminosa, impedindo a passagem de luz no comprimento de onda da iluminação artificial.
Existem filtros para vários tipos de alvo, como a Lua cheia e até mesmo para observação solar (os mais seguros para ver o Sol são os filtros colocados na frente da lente objetiva).
Motorização
Se você tiver uma montagem equatorial, poderá investir em um motor, principalmente se seu objetivo for fotografia astronômica. Ele conta com dispositivo de controle e existem modelos simples e bastante complexos.
O sistema GoTo é famoso por possuir 2 motores e um pequeno computador de mão, onde está armazenado um banco de dados com as coordenadas de milhares de objetos celestes. Escolha o alvo, deixe o motor encontrá-lo e seu telescópio acompanhará o movimento dele no céu.
CCD
Por falar em fotografias, você também pode obter um CCD, um pequeno dispositivo que registra as imagens capturadas pelo telescópio. O CCD é acoplado no focalizador do telescópio e a imagem é projetada diretamente no chip do aparelho (não muito diferente de uma câmera digital)
Conectando o CCD a um computador, você poderá visualizar e editar a imagem com um software adequado para a tarefa.
Marcas de telescópios
Os telescópios nacionais recomendados pelo Wandeclayt são os Cosmos, os do Sebastião Santiago Filho, os Telescópios Matão e os do Sandro Coletti. Geralmente, eles vêm com um conjunto de oculares para começar a diversão com diversas opções. Contudo, eles são instrumentos artesanais e nem sempre estão disponíveis para pronta entrega. Ou seja, pode levar um tempo para sua encomenda ficar pronta.
Já sobre telescópios importados “sem enganação ao consumidor”, o astrônomo recomenda Celestron, Sky-Watcher, Orion, Meade, GSO. Lembre-se, a marca nem sempre é tão importante se você não souber exatamente as especificações que precisa para suas necessidades.
Quanto custa um telescópio?
Quanto ao preço, refletores adequados para iniciantes podem ficar, em média, entre R$ 1.200 a R$ 1.500, mas há modelos um pouco mais avançados, para quem já conhece melhor o céu, com valores até R$ 4.500. Acima dessa faixa de preço, talvez já não valha a pena investir tanto caso esteja comprando seu primeiro telescópio — até porque você ainda pode precisar comprar alguns acessórios.
Dicas para comprar seu primeiro telescópio doméstico
Há, literalmente, um universo de informações sobre telescópios e esta matéria está longe de esgotar o assunto — e nem se propõe a tal. Escolher um telescópio doméstico nunca será uma tarefa simples e exigirá conhecer o instrumento antes mesmo de adquiri-lo.
Contudo, como o tema é extenso, aqui vão algumas considerações e dicas que podem facilitar um pouco sua busca e seu aprendizado:
- Se você tem como objetivo a observação do céu profundo e galáxias menos brilhantes, opte por um refletor com abertura a partir de 200 mm.
- Se pretende prestar mais atenção na Lua e nos planetas, um refrator dará conta do recado, pois oferece uma imagem de alto contraste, com melhor resolução.
- Lembre-se de considerar que alguns telescópios serão pesados, mas estáveis, enquanto outros são muito leves e adequados para transportar. Por isso, o local onde você fará as observações é importante nessa escolha.
- Use o Stellarium para simular os modelos de telescópios que você está “paquerando” na loja.
- Confira o modelo de carta celeste do Céu Profundo
- Imprima e monte o planisfério celeste da UFRGS
- Use o Stellarium para aprender mais sobre o céu e os objetos que você poderá observar com seu novo telescópio
Fonte: Deep-sky Watch, Astronomy; com informações de Céu Profundo